A neo esquerda na classe ociosa de Veblen e a negação da luta de classes.



De forma evidente e notória as "esquerdas", chamadas Progressistas no Brasil, construíram suas plataformas pós processo "Plano Condor", com o objetivo de disputar os poderes políticos institucionais, sem o caráter comprometido desde perspectivas de conteúdo revolucionário.
A construção destas expectativas ao poder só foram possíveis a partir de um acordo massificador via uma diversa coalizão de interpretações ideológicas, concentradas na figura do ex-operário Lula da Silva, Partido dos trabalhadores.
Estas diversidades conseguiram materializar as sínteses históricas provenientes da luta de classes campo-cidade, agregando setores acadêmicos intelectuais, culturais e do cristianismo crítico das Pastorais da Teologia da Libertação.
A chegada ao poder no ano 2002 daria começo, desde a ordem estratégica, a um amplo desenvolvimento econômico de carácter reformista e conciliatório com os setores da burguesia nacional e o favorecimento ao setor financeiro internacional.
Ações estas, que foram agudizando a disputa interna dos setores minoritários de tendência revolucionária contra um campo majoritário, que rapidamente hegemonizou os direcionamentos da política aplicada em questão, e foram fragmentando o contexto da coalizão fundacional.
Mas estas críticas internas e as "Abjurações"minoritárias passaram sem consequências relevantes diante um planejamento que se encontrava longe de ser constrangido pele crítica ideológica.
A sustentabilidade e crescimento desta política já tinha os pontos claves para manter uma unidade de apoio político, a partir de três itens estruturais de consistência estabilizadora: Políticas públicas de desenvolvimento industrial, que refletia melhoras nas classes populares; liberdade de atuação nas especulações financeiras com refluxo no aumento do consumo e crédito das categorias econômicas mais desfavorecidas e conciliações no plano político institucional, que significou a retirada das bases militantes dos territórios de luta históricos e a absorção institucionalizada dos mesmos via secretarias e mais secretarias, que só foram secretarias.
Na definitiva fazer algo para não mexer em nada no estrutural e deixar tudo como está, que o Povo encontra-se  feliz "Voando" e consumindo, esse é o objetivo desta premissa alienante aplicada.
Estes novos integrantes do sistema político, velozmente se incorporam as práticas culturais da corrupção sistêmica e expõem claramente a ausência de matéria ideológica na luta de classes, se convertendo e convertendo o comportamento social e suas expectativas num sinônimo arquétipo da "Teoria da classe ociosa" de Vebler.
O que nos últimos dias podemos constatar desde as reafirmações do continuísmo histórico do aplicado, denunciado pela ausência da autocrítica e suas intenções ideológicas, simpáticas ao neoliberalismo, com a disposição de manter o campo conciliatório com a Burguesia e seus interesses, minimizando, desde uma ousada autoatribuição, o modelo "Perdão Cristiano Onipotente", as irregularidades do chamado golpe, como se trata-se de um assunto de família ou pessoal, o que nos deixa mais perto de nossa"teoria da Conspiração"de que o acontecido só foi de fato um afastamento teatral "Dantesco "da presidenta Dilma Rousseff, com o fim de dar sequencia a uma correção de rumos, manipulada pelos "Amos"do Corporativismo neocolonizador, o qual esta se constitucionalizando nos dias de hoje para ser ratificado na farsa eleitoral no 2018.
Todas as condições objetivas já estão em andamento, se solidificando desde os setores de ideologia fascista, que oferecerão um cenário de confronto abstraente do debate de consistência estrutural no que se refere a o Neoliberalismo Globalizante e empurrarão as massas populares desprovidas de consciência ideológica, mas com uma forte tendência consumista, a única alternativa de "salvação" no apoio da proposta de pacificação imediatista, no exercício do Populismo da ex-esquerda, única referência possível de massificação na atualidade. 
E como dizem no jornais da TV "Voltamos já já" e seguimos com a terceira fase do golpe ao Povo Brasileiro abrindo novamente as válvulas da descompressão social.
Desde agora em mais, qualquer projeto ou intenção de debate alternativo que pretenda sair da
"Caverna"e do planejamento programático da Neo esquerda institucional, proveniente do campo da luta popular classista, seguirá os desígnios de Platão e sua alegoria.
No entanto as populações periféricas seguirão no submetimento manipulador da política institucional, resistindo a barbárie do extermínio físico e da alienação consumista desde a solidão identitária, que terá que seguir desenvolvendo e confiando na suas capacidades instintivas em pós da sobrevivência. 
          
 

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