Resgatando a Autodeterminação como princípio de resistência anticolonialista.



Ao parecer as experiências de querer e tentar transformar as políticas dominantes e opressoras por dentro das mesmas estruturas sistêmicas e regras do jogo, ou reproduzir desde o poder os mesmos métodos na reversa de outros interesses, por mais revolucionários que se proclamem, não foram suficientes até hoje, século XXI, para desconstruir as culturas herdadas e Tecno-reformuladas pelo Capitalismo.
De onde radicam alguns dos elementos vertebrais da evolução e sofisticação deste sistema e suas mutações ?
Sabemos que a humanidade no seu conteúdo originário pré-civilizatório contava com uma imensa diversidade sociocultural, mística e econômica, adequada a proposta de seu habitat natural e suas necessidades.
 O que sugere que estas organizações primitivas eram regidas por normas de convivência social exigidas, por uma lógica instintiva e racional de sobrevivência.
No passo dos tempos, algumas etnias de porte continental (América, África) foram demostrando o grau social avançado, evolutivo e civilizatório proveniente das mesmas origens étnicas, o que podemos deduzir que o exercício da Autodeterminação sociocultural sem interferências forâneas, deixou como resultado uma forte consistência cultural capaz de permear os vexames colonizantes da atualidade.
Desta comprovável síntese exposta estamos em condições de colocar no plano do inalienável a figura da Autodeterminação cultural e étnica como uma expressão de sólida resistência contra toda ação proveniente da ordem colonialista.
Tomemos como referência imediata do percurso da história alguns eventos substitutivos dos poderes anteriores ao sistema Capitalista que foram titulados de revoluções, mas que para as classes oprimidas e culturas étnicas anteriormente colonizadas não passaram de uma substituição do modelo exploratório radical ou reformado.
Europa: Absolutismo, Monárquico = República,Burguesia.
Eurocracia: Absolutismo Czarista = Federação Comunista
Rússia, ÁsiaChina: Dinastia,Imperial = 1)Federação Nacionalista, 2)República da China comunista.
Destas referências estruturais planetárias consideradas hegemônicas e decisivas no futuro da Humanidade, foram se projetando baseados no mesmo modelo de práticas colonialistas (as quais as constituo em macro poderes), os modelos da relação pressentes entre neocolonialismo e neocolonizados.
O motivo desta nominação só é um demostrativo da ausência do respeito a Autodeterminação étnica e cultural e a reafirmação do colonialismo como método de poder, além de qualquer sejam as justificativas dos fins.
O colonialismo executado pelas potências Capitalistas nem sempre se desenvolveu em ações de invasão territorial por meio da força bélica de forma permanente. O controle político das economias produtivas regionais subdesenvolvidas tecnologicamente baixo a dependência globalizada do sistema Fordista e sobre ameaça de intervenção econômica e militar foram substituindo os métodos medievais de subjugação territorial mantendo e sofisticando os preceitos herdados.
 Os métodos de dominação colonialista aplicados pelo Capitalismo partem de diferentes interesses localizados no território em questão, ou em regiões próximas produzidos pela manutenção da disputa hegemônica no campo estratégico, militar, econômico ou político, mas sempre o militar e político vai desaguar no poder econômico.
O período histórico vivenciado no presente, pelo poder neocolonialista proveniente da globalização
econômica, expõe claramente as sólidas influências do Eurocentrismo cultural histórico sobre os setores  políticos e intelectuais de nossa Latino-América.
Dificultando a evolução teórica e crítica na produção de orientações capazes de tomar distância do campo dominante e construir alternativas reais que comprometa a forte influência a que vivem submetidas as culturas reminiscentes e idiossincráticas, com tendência a desvanecer no alienamento neoliberal globalizante e baixo ataque direto e indireto da ignorância e a perversão racial.
No entanto, no mesmo efeito e de forma paralela a chegada das novas gerações vão se culturalizando naturalmente ao sistema sem oferecer resistência diante a ausência referencial étnica, sócio-comunitária ou ideológica de classe submetida, desenvolvendo suas rebeldias e críticas dentro dos limites contemporâneos as que denotam a fragilidade no reagir as tecnologias e consumismos impostos e na provocação de opções alternativas de resistência estrutural.
Porque tomo a figura da Autodeterminação como trincheira inalienável da resistência contra todo modelo de opressão?
Considero que a interrupção violenta ou coercitiva sobre a existência de uma sociedade em qualquer estado de desenvolvimento e que não ofereça ameaça a integridade de outras iguais, é uma ação de despotismo genocida, uma máxima da criminalidade opressora.
A Autodeterminação significa um cenário inalienável do vínculo sociocultural, determinante da ordem econômica e a evolução da ética humana em pós do um pleno existencial de Liberdade. 

                                                          AUTODETERMINAÇAO
                                                        A Flecha está no Ar........

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