A síndrome da obediência e o medo a Liberdade


A cada dia está ficando mais claro o profundo grau de controle do sistema de dominação econômica do Capitalismo sobre as massas, até mesmo dentro das críticas, rebeliões ou propostas chamadas de revolucionárias. O qual nos compromete a criar campos de teses, na procura dos elementos já conhecidos e suas mutações dialéticas.
“O povo, neste sistema, será eterno estudante e pupilo. Apesar da sua soberania totalmente fictícia, ele continuará a servir de instrumento a pensamentos e vontades, e consequentemente também, a interesses que não serão os seus. Entre esta situação, e o que chamamos de liberdade, a única verdadeira liberdade, há um abismo. Será sob novas formas, a antiga opressão e a antiga escravidão; e onde há escravidão, há miséria, embrutecimento, verdadeira materialização da sociedade, tanto das classes privilegiadas quanto das massas” (Bakunin)
Nestes momentos podemos afirmar que o interesse e o debate sobre o conceito de Liberdade foi substituído pelo imediatismo das urgências, gerando falsos paradigmas convenientes a correntes reformistas, que usam o mesmo estado Burguês como elemento de solução Paternalista, na procura de um novo modelo de Poder. Depois de poder ir se convertendo em um amortecedor favorável na continuidade do processo da exploração e até conivente com o fim de se manter no poder. O uso das contradições de uma sociedade que desconhece o poder vital e suas condições como ponto fundacional do sistema de exploração capitalista, pode até ser denominado reformismo perverso. A ausência da consciência de classe nestes setores e suas propostas passa desapercebido para as maiorias alienadas e absorvidos pelo imediatismo de suas urgências econômicas. Caso dos setores mais desfavorecidos e do consumismo obediente nos setores acomodados.
A síndrome da obediência, em troca de uma falsa sensação de bem estar com sistema republicano Burguês e a falta de propostas concretas que demonstrem o compromisso e resultados reais para sair do Capitalismo, dá como resultado esta realidade imposta da barbárie e seus absurdos.

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