O Capitalismo e o fascismo não se administram, se combatem

                               

O fim da ditadura "perfeita" do capitalismo(Aldous Huxley) versão progressista no Brasil a chegando a seu fim, diante o ajuste Neoliberal, que caminha a passos acelerados, liderado pelas oligarquias nacionais e o corporativismo globalizante.
A instalação de um estado de exceção, parlamentar, jurídica e militar vai deixando no seu nefasto trânsito de impunidades e absurdos, ao descoberto o cenário camuflado das grandes injustiças históricas  pelo discurso demagógico de aqueles que fizeram algo para não fazer nada, e se encostaram no sistema da "Democracia" corrupta não deixando sinais de ética classista.
Em realidade o que está acontecendo é o crescimento violento e acelerado do que nunca deixou de acontecer, terceirização, privatizações, recorte de gastos ao setor público, favorecimento ao agronegócio com seus agrotóxicos e desmatamentos em áreas de preservação, banca financeira internacional, com lucros inéditos ao que se soma o esvaziamento da Reforma Agrária despejos étnicos e urbanos no comando da especulação imobiliária, extermínio da juventude negra nas periferias, prática do trabalho escravo que nunca se penalizo como crime de lesa humanidade, desemprego, sucateamento da saúde e a educação pública, fortalecendo os setores privados, e um sem fim de silêncios das minorias não consideradas importantes para as estatísticas dos poderes.
Certo que em este processo progressista foram constituídas infinidade de instâncias em modelos de conselhos mistos com a integração dos poderes institucionais os quais jamais tiveram um diálogo horizontal e de respeito com a sociedade civil organizada, funcionando sempre no exercício da coerção político partidária no favorecimento de seus interesses nas disputas pelo poder, bem por cima da instância social. 
Só que de esta vez, a ditadura está sendo constitucionalizada, todo o que era considerado injustiça social já não é mais, o que era crime é legal, e o que era absurdo é lógico. Podemos agregar dentro deste quadro histórico a omissão conciliada de instalar o debate público real sobre os crimes do processo ditatorial militar, onde muitas dessas criaturas além de transitar impunemente pelas ruas, gozando de boa saúde desfrutando de suas altas aposentadorias e benéficos familiares também habitam nos espaços dos poderes parlamentares, empresariais, religiosos e culturais. Espécie que proliferou de tal forma que hoje está no topo das possibilidades na disputa eleitoral 2018. A minha consideração o que realmente e preocupante e trágico dentro de toda esta visão conjuntural e ouvir dizer que a luta de classes não existe mais e a "esquerda" não dizer nada.
Não é porque senta falta desta "esquerda", ouvir dela alguma coisa ao respeito, diálogo que se existiu foi no sigilo máximo de suas consciências.
E porque a gravidade do avanço das oligarquias conservadoras nacionalistas, aliadas a setores de práticas Fascistas, aproveitando a imposta do sistema Neoliberal e as correntes alienantes do Pós Modernismo, sobre as nova gerações e as capas médias, tá conseguindo criar as condições objetivas para a polarização de classe e nem sinal de se acordar.
A nova ordem abrangente da violência e a impunidade se expondo "livremente" amparados pelas instituições dos estados que manipulam a bondade, suas constituições obsoletas desde os parlamentos e judiciários não esta deixando muitas opções para ser pensadas e se autodeterminar como esquerda. Podemos fazer um exemplo bem gráfico para ser refletido, se reproduzimos a assembleia constituinte da formação da República e colocamos como elemento central o Neoliberalismo, de que lado se irão a sentar essas "esquerdas"?
Incontestavelmente, a passada do "Condor" por estas terras conseguiu reduzir a interpretação "Pós" das esquerdas no campo da luta de classes a um mero administrador do Capitalismo sem intenções visíveis de se preparar para o combate. O que compromete e retarda o futuro na construção de uma nova resistência de classe, Revolucionária e Anticapitalista. 
    
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A ditadura perfeita terá a aparência da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e ao divertimento, os escravos terão amor à sua escravidão.
 Aldous Huxley













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