A farsa da "Democracia"e os Brincalhões.


A cada dia que passa fico mais apreensivo, lendo, estudando matérias e trabalhos acadêmicos de reconhecidos intelectuais denominados de esquerda, e o trato difuso que dão a conceitos como a Democracia, Capitalismo e Revolução. Por exemplo,"Democratizar a Democracia".
Uma manifestação totalmente infeliz que nem sequer pode ser considerada uma metáfora crítica, partindo desde o ponto referido no concreto, a Democracia Burguesa, ficando mais grave ainda manifestar, que o Capitalismo a tomou por assalto e a converteu num mercado, ou que sugere que em algum momento da história a Democracia Burguesa foi crítica, independente e autônoma dos poderes de opressão sistêmico e atuava com transparência e ética, o qual e um absurdo insustentável.
De fato estas exposições tentam desconhecer ou omitir que o Capitalismo é um totalitarismo econômico onde as massas operárias estão submetidas ao regime da Mais-valia e a escravidão dentro de um sistema parlamentar, representante, sócio ou proprietário dos meios de produção exploratória. O que seria, a meu entender, como chamar os operários de uma fábrica a votar pelas cores que querem aplicar as paredes dos recintos e dizer que a empresa funciona num sistema de Justiça Social e Democracia, no entanto estes recebem uma mísera parte da produção gerada. E vindo desses mesmos conceitos ao referir-se ao termo Revolução podemos imaginar coerentemente que se refere a uma reforma socioeconômica estratégica na distribuição do lucro dos capitalistas ou que tem nome e sobrenome, Socialdemocracia, um sistema de "colaboração" de classe onde as estruturas da propriedade privada seguiria mantendo o privilégio estrutural das hegemonias econômicas e suas especulações derivadas.
Neste processo em desenvolvimento das reformulações do sistema Capitalista e sua versão Neoliberal
Globalizante, dá para observar desde o comparativo histórico, uma aceleração regressiva dos espaços
conquistados"direitos" pelas massas oprimidas e suas lutas impulsadas por as diferentes interpretações ideológicas críticas "esquerdas" ao sistema. Poderia aventurar uma diversidade de argumentos teóricos dos motivos de esta aceleração opressiva, ao qual não e minha inquietude para este texto.
No entanto, sim considero de vital importância e preocupante o acompanhamento das interpretações
ideológicas das esquerdas históricas anticapitalistas, que a partir das gerações pós ditadura e as deserções visíveis de algumas referências notórias de passado revolucionário, começam a dar sinais contaminantes provenientes do Pós-Modernismo Liberalista. Esta percepção da perda da solidez crítica diante o avanço da alienação consumista e o imediatismo facilista descompromissado imposto nas sociedades e preocupante e mais pela brecha que expõe para a introdução confortável dos vírus das "direitas envergonhadas"que tentam se legitimar como polo de resistência contra o avanço das ideologias fascistas, se constituindo no paralelo, na única opção dentro e no controle do sistema Capitalista como "Revolucionários" reformistas em nome do bem estar social.
É evidente que o Progressismo em América Latina foi um ensaio bem sucedido para preparar as massas para a fase 2 em andamento nos modelos provenientes do neocolonialismo socialdemocrata eurocentrista, agora da mão do "PODEMOS" de Pablo Iglesias,"GERINGONÇA" de Boaventura de Souza Santos, o"VAMOS" de Guilherme Boulos e outros em formação. Nada é de estranhar na cima deste cenário presente da Farsante Democracia Burguesa onde encaixam, com certeza, todas as teorias das conspirações imagináveis como a em algum momento expressada na simulação de um golpe para corrigir rumos estruturais e depois retomar a pacificação com assistencialismo consumista e não aconteceu nada, tudo bem o Capitalismo segue impune e fortalecido pensando a nova sacanagem brincalhona.                   
Lamentavelmente não possuo um coeficiente intelectual superior, nem os suportes educacionais para minimamente apoiar meus pensamentos, com citações de relevância acadêmica na altura dos que aponto com minhas críticas, mas seguirei manifestando minha indignação além de minhas limitações.


 

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