As esquerdas e o Populismo.



O Populismo é um tema controvertido e polêmico, ainda mais quando é protagonizado pelos setores da esquerda eleitoreira como método de acensão ao poder.
Ele tem chegado a ser, na história da humanidade, um arma muito poderosa e concluinte  aplicada na
maioria dos casos como ferramenta estratégica, capaz de massificar por cima das estruturas dos poderes.
A partir de meus conhecimentos, sempre foi usado a partir de uma figura carismática que se instala como interlocutor, capaz de construir um imaginário de sociedade imediatista, permeando a rigidez dos debates ideológicos estruturais com seus tempos, os quais geram a confiança e o afeto das massas mais distanciadas dos conhecimentos transformadores.
Esta metologia comumente chamada, pelos suas origens no Império Romano, de "Pão e Circo", tem sido aplicada historicamente com fins totalmente contrários e nefastos para o futuro das massas crédulas e oprimidas, as quais podemos deixar como exemplo as figuras genocidas de Hitler e Mussolini, entre outros mais próximos que colaboraram em fragmentar o debate ideológico da luta de classes na historia latino-americana.
Nos meus intentos de compreender a história e criar pontos comparativos com os dias atuais, desde a ótica de protagonista, incluindo-me no conjunto dos oprimidos que tentam resistir a barbárie sistêmica e criar condições de sobrevivência, obtenho como resultado que o Populismo surge da incapacidade das matrizes ideológicas revolucionárias e suas interpretações, em ser compreendidas pelas grandes massas populares e a carência da atuação presente se adequando aos crescimentos territoriais e suas populações de origens de migrações internas (Periferias), consequência direta das transformações neoliberais globalizantes e seus efeitos.
É evidente que o período ditatorial (Plano Condor) deixou sequelas estruturais que não conseguiram ser superadas, abrindo espaços de oportunidades para as versões de corte populista que se identificaram como esquerdas (Progressismo), com o objetivo de qualificar suas fileiras com parte dos fragmentos românticos dos anos sessenta e lograr a simpatia e o apoio das camadas
intelectuais, estudantis e culturais sem referência ativa.
Estas versões "Progressistas" apontaram suas estratégias na concentração de forças nas áreas da política institucional, com o objetivo de se manter no poder a todo custo, criando uma dicotomia no palco conjuntural e apresentando em cena o assistencialismo "Consumismo e Circo" para o "Povão", se resguardando nos bastidores dessa cenografia, para conciliar com as elites nacionais e corporativas, as que abriram brechas para a futura entrega das estruturas em desenvolvimento de potencial negociador no chamado primeiro Mundo.
Estas práticas exerceram um efeito amortecedor, canonizando as burguesias, as quais aproveitaram o período de "pacificação"  para o acúmulo de forças geradoras do golpe brando. Também podemos agregar que este modelo foi acompanhado desde os Movimentos Sociais e Sindicatos, induzidos e guiados pelos quadros partidários aderentes a esta metodologia,o que fez criar a ausência total da participação da militância campo-cidade, a qual virou suas ações ao acumulo de força eleitoreira e ao status cargo de confiança e funcionário de gabinete, influenciando o comportamento seletivo e sectário na administração dos recursos públicos nas áreas de presença e condução.
No entanto nas vésperas do 2018 e pelos sinais percebidos, será um ano demostrativo da falência do sistema político, jurídico constitucional desta República, onde subirão ao Ring do vale tudo os melhores representantes das categorias dos Absurdos com as mais sofisticadas versões Populistas, contando com a presença especial da "Teoria da Conspiração".    


            
  

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