De Melancolias e Distopias.


A cada dia que nasce, acordamos com a alegria de saber que o sol segue se apresentando
 a nossas vidas pelo leste, e de imediato assumimos as tarefas cotidianas, entre uma delas, tomar contato com o universo da diversidade de pensamentos e opiniões expressadas pelos distintos meios de comunicação, as quais oferecem um amplo espectro de considerações.
Inevitavelmente nessas manifestações estão explícitas nossas "pegadas" identitárias de seu extrato social, emocional, político, educacional e religioso etc.
De forma notória, estamos exercendo um privilégio entre tantos milhões de pessoas, que por uma vasta lista de motivos, como ou analfabetismo total e funcional, a despolitização educacional, carência econômica, de tempos disponíveis, entre outros, ficam por fora da participação, muitas vezes sendo os sujeitos de nossas opiniões e impossibilitados de colaborar com suas vivências e sabedoria de classe.
Manifestar "Melancolia" da Democracia Burguesa, por parte de um artigo proveniente da academia e sustentar a opinião por fatos acontecidos possivelmente num pequeno período do Progressismo populista da última década no Sul, de práticas conciliatórias com as Oligarquias e assistencialismo esvaziante da consciência de classe. Sugere imaginar uma distância do conhecimento muito grande da realidade histórica sócio política do Brasil no seu trânsito pela "Democracia " e suas versões totalitárias.  Tudo isto incluído numa figura de "desdemocratização" que de forma indireta legitima esse tipo de organização histórica institucional corrupta desde suas origens no domínio das elites oligarquias nacionais e sob a orientação da banca financeira internacional, cúmplices e gestores de quanta injustiça temos na memória.
As provas do dito as podemos ver por cada canto do Brasil, um dos países continentais com mais riquezas naturais e humanas e contraditoriamente no topo mundial das injustiças sociais.
Opiniões estas, sob crítica que expõem transluzindo uma clara posição de categoria distante das classes historicamente oprimidas.
Coincidimos no acompanhamento justificativo no que se refere ao desmanche por parte dos interesses Neoliberais Capitalistas do sistema em questão, no avanço de um Estado mínimo totalitário corporativista constitucionalizado e no crescimento das forças Fascistas usando oportunamente o conservadorismo como via de acúmulo expressivo catalizando as contradições internas.
O que considero que é uma ampliação da visibilidade das atrocidades ocultas pelas tais "Democracias" históricas.
No entanto, no que se refere ao conceito de Soberania, continuamos pelo racional da coerência que obriga fazer umas perguntas: Quando essas Democracias foram Soberanas, representando os Povos do Brasil? E quando elas respeitaram as soberanias legítimas das Nações originárias e as culturas remanescentes de origem Africana?
Sobres Distopias:
Um termo manifestado com notórias contradições, se partimos dos fundamentos criativo e interpretativos do conceito da Utopia. Ao sentir que estamos presenciando um tempo de Distopias, me provoca a pensar no estado que se encontram as minhas e posso garantir que elas seguem seu passo firme pelos caminhos, a cada dia mais perigosos e violentos mais sem claudicar, deitando e amanhecendo na luta por uma sociedade sem oprimidos e opressores, pelo fim do Patriarcado, pela autodeterminação sociocultural dos Povos e pela aproximação racional da humanidade com seu habitat natural.
Estou ciente que sou um entre bilhões no planeta que sustentaram esta definição, porque se não fosse assim, estaríamos confirmando que a Utopia, que disseram imaginar os que hoje são Distópicos, não era uma Utopia, era só um desejo Finito, imaginado por dentro dos limites do sistema, apontando o bem estar individual.
Minha esperança Utópica atemporal está situada na reflexão da autocrítica ética das esquerdas e as sociedades, imaginando que ainda conta-se com vestígios e anseios de Liberdade capazes de superar desde suas memórias e presentes, os trágicos episódios da Democracia Burguesa e o capitalismo, decolando unidos por cima dos vícios conceituais, fundamentados no poder e apontando uma saída de classe na prática da desobediência institucional, em prol da reformulação de novos espaços baseados na democracia direta e a autodeterminação étnica e cultural.
       


                                         


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