O pós Modernismo: uma manipulação existencial ideológica sobre as ruínas da derrota.



Depois de mais de 70 anos do "fim"da segunda guerra mundial, as ondas expansivas deste conflito
seguem assombrando a humanidade e se decifrando mistérios sequestrados nas caixas "pretas"
dos poderes hegemônicos visíveis e invisíveis.
Quais foram os vencedores e quais foram os derrotados?
Visivelmente na área militar o Nazifascismo foi a parte do conflito "derrotada" e aí nos chega uns dos tantos mistérios: E Ideologicamente foi derrotada?
Nesse período, metade do século XX, o sistema de produção Capitalista já tinha se desenvolvido e expandido de forma planetária.
No entanto, os países desenvolvidos tecnologicamente baixo o comando do sistema de produção Fordista e suas exigências, a partir da abertura de novos mercados de consumo e a manutenção de suas matrizes energéticas, somando o desenfreio da carreira armamentista, em contínuo crescimento tecnológico.
Interpretaram este evento histórico desde suas tendencias ideológicas antagônicas clássicas,
provenientes da luta de classes, como ponto catalizador determinante na aceleração das disputas e em prol de seus objetivos hegemônicos.
Partindo de lá, o Mundo foi submetido a um modelo globalizado denominado "Guerra
Fria", fundamentado na conspiração e na espionagem, desenvolvido em terceiros territórios, na busca de bases satélites estratégicas tentando consolidar um controle militar territorial e o subministro de petróleo para suas matrizes energéticas, que impulsam o incremento das necessidades minerais gerado pelas novas tecnologias, junto com as matérias primas que criaram o super desenvolvimento dos mercados internos e a geração de mão de obra de suas populações, funcionando com baixos índices de conflitos.
A queda do muro de Berlin nos fins do século XX é o fim técnico da "Guerra fria", que deixa como saldo um novo mapa territorial na confirmação da invencibilidade do sistema Capitalista (se é que existiu alguma proposta real em erradicar ele como sistema econômico e produtivo por parte dos poderes intervenientes desde o campo socialista).
 Com uma devastação profunda nas regiões do terceiro mundo em subdesenvolvimento, afetando de forma concreta as referências ideológicas da resistência anticapitalista que começam o século XXI, em um estado de conflitiva fragmentação. Tempos de depressões ideológicas oportunizadas pelas correntes do pensamento "pós moderno" denominado por alguns como "O Fim das Utopias" e bem analisado pelo sociólogo Zygmunt Bauman, em que este fenômeno se trata ainda de uma fase da modernidade em estado líquido. Desta perspectiva, dá para imaginar desde meus insignificantes conhecimentos psicológicos e filosóficos de incluir o conceito psicoanalítico de Freud referente a perda do objeto referência e seus traumas, desde a ótica da sociedade e o conceito de Bakunin no plano existencial do comparativo do"ser"e a Liberdade ("Só sou verdadeiramente Livre quando todos os seres humanos que me cercam, homens e mulheres,são igualmente Livres"  Bakunin).
Estas referências podem nos ajudar a compreender teoricamente a crise presente e os métodos possíveis ou impossíveis para resistir e combater os direcionamentos sistêmicos dominantes e as deformações sofridas nas estruturas ideológicas anticapitalistas, que não tem conseguido até o momento manifestar uma Autocrítica confiável, nem sequer como paliativo redutor do dano estabelecido, nem construir novas alternativas diante o avanço genocida do Neoliberalismo.
O que nos sugere retomar a pergunta do começo, se o Nazifascismo foi realmente derrotado no campo de batalha militar.
Se nos remitimos a um sem fim de informações, em referência as tecnologias herdadas e seus fins aplicados, mais as práticas de enorme semelhança em todas estas décadas de repressões, genocídios, ao que se agregam as correntes de pensamento e práxis amparados no pós modernismo como negação das ideologias sólidas das vertentes socialistas do século XX, exemplo atual o M.B.L no Brasil, na ordem do racismo, machismo Patriarcal e preconceitos morais.
Acredito que estes não foram derrotados no campos das ideias e seguem se reproduzindo camuflados nos círculos dos poderes, esperando o momento oportuno de se apresentar. No entanto, a resposta do lado bom, por assim chamar, do pós modernismo consumista, pós esquerdas, ainda sem superar o trauma das perdas referenciais, percorrem os labirintos sem saída do alienamento da"liberdade" individualista casada com a "felicidade" imediata, os quais não os permite ainda marcar presença para dar a resposta.


                                                              (Esperamos que acordem pronto e Urgente).

   






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