Nós os imperfeitos, somos todos e todas aqueles que não fomos contemplados pela graça de Deus em ser tocado pelo Espírito Santo, e perdemos o privilégio de alcançar o Paraíso eterno.
Transitamos
pela terra com a incapacidade de nos adaptar aos estereótipos da sociedade
obediente e de bons costumes, privados de ter acesso a desfrutar de nossa
natureza existencial.
Nossas
imperfeições nos constituem em seres imorais de alta perigosidade para a
sociedade, a qual nos considera uma mutação da natureza e deveremos ser
combatidos e extintos.
O livre
pensamento e o sonho de liberdade, sem Deus, Estado nem Patrão, são os
transtornos da doença degenerativa que atuam sobre a consciência de classe a
qual pode se expandir rapidamente e deixar um saldo catastrófico de imprevisíveis
consequências. Entre estas consequências podemos mencionar algumas das
mais estudadas teoricamente pelos cientistas e consideradas as mais
nocivas pelos seus efeitos na situação de possível pandemia.
A extinção
total das classes sociais.
A perda dos
direitos de poder explorar ao próximo e a levar uma vida de conforto e bem
estar sem trabalhar ou exercer uma função produtiva.
Abolição da
propriedade privada com fins especulativos.
A destruição
total do sistema Patriarcal.
O retorno das
etnias originárias a seus territórios ancestrais e o respeito a suas
Autodeterminações. Ausência de
poderes coercitivos e repressivos violentos.
Nesta
expressão teórica, entre outras complexidades, estaria se demostrando sinais
claros do desastre apocalítico que provocaria a propagação desta grave doença
degenerativa psicossocial no mundo atual.
No entanto, a
ciência implacável desde suas responsabilidades, por manter e
aperfeiçoar o mundo perfeito e suas sociedades sadias, desenvolve antídotos
globalizantes a part ir do Neoliberalismo econômico
e suas versões pós modernas, conseguindo neutralizar a massificação da
possível epidemia, desde a ciência midiática e com ajuda dos
governos, exemplos da democracia com seus parlamentos éticos e confiáveis, que
de esquerda a direita chegam ao consenso e se alistam no engano e combate a tal
perigosa doença, que também considerarão capaz de libertar ao mundo de suas
opressões e tiranias.
Neste quadro
desesperançoso para nós, os imperfeitos e inadaptados, só nos resta
reforçar nossa luta pela sobrevivência e esperar que a ciência do Poder Popular
ache a cura definitiva para nossa obsessão compulsiva pela <LIBERDADE>
Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar.
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