Percepções e Resistências.


A motivação deste texto se origina da necessidade de poder compreender de forma básica os tempos
que inevitavelmente nos toca viver. O que sugere que os elementos a serem expostos serão
percepções trazidas desde o plano comparativo entre os conceitos criados a partir das estruturas do sistema liberal capitalista e o avanço da imposta Neoliberal presente.
Vou tomar o Estado de direito Republicano e sua Democracia Burguesa com seus modelos representativos, extratos dos pensamentos ideológicos ocidentais (Revolução Francesa).
Cenário clássico desde o século XIX na América Latina, submetido a fortes disputas ideológicas
polarizadas entre os setores liberais da Burguesia, do proprietariado industrial capitalista, seus aliados da banca financeira nacional e os setores latifundiários de reminiscencia feudal colonizadora. 
Todos eles representando no seus interesses no palco político (partidos,direita) versus as interpretações do campo do socialismo anti liberal, anti-capitalista ( luta de classes),  que se manifesta desde os setores populares via organizações sindicais e movimentos sociais campo cidade, orientados pelas organizações políticas (partidos esquerda), a favor da disputa institucional como método de acensão ao poder e os autônomos independentes como negação ao uso das ferramentas controladas pelo sistema dominante.
Assim a simples vista neste quadro elementar viajaremos pelo universo adquirido de conhecimentos históricos e memórias, nos transmitindo uma sensação real de panorama convulsivo e violento que desde a ótica e os sintomas primários presentes do neoliberalismo, se erguem como uma fatalidade contraditória para alguns dos setores ideológicos da classe oprimida.
Este processo nas contradições das esquerdas pós "guerra fria" e as passagens ditatoriais, se  apresentam em nossa região desde os poderes conquistados eleitoralmente baixo o título "Progressismo", considerado por eles uma estratégia dentro do campo liberal, com o objetivo de ganhar espaços, desenvolvendo políticas reformistas de corte populistas e de crítico conteúdo político conciliatório com os tradicionais inimigos de classe. Neste período, quase de duas décadas se tomamos como dados referenciais as composições expostas anteriormente, da Burguesia, acharemos uma notável diferença do contexto passado com o presente.

BRASIL
A distensão provocada pelas políticas conciliatórias e o abandono da recomposição e atualização ideológica nas bases populares nos conceitos luta de classes, mais o avanço do sistema de globalização financeira, deu como resultado: Latifúndio transformado em Tecno-agronegócio, a banca nacional estrangeirada e a indústria numa apêndice das transnacionais.
Esta situação simbólica de modo explicativo também corre da mão da representação política parlamentar, que alcançam sua máxima expressão nos dias presentes destes setores, provocando novas contradições diante os efeitos da financeirização global das economias, se apropriando das riquezas naturais do mundo subdesenvolvido e ameaçando com um xeque de complexa solução diante os recursos demostrados pelo sistema da Democracia Burguesa e seus parlamentos.
O que mais observamos como fatal é a iminente projeção das esquerdas institucionais sem projeto de resistência, se aderindo a macro imposta em defesa das estruturas liberais, com um novo campo de alianças politicas e difusos modelos de organização social, que contam com a licença estratégica em prol de estender mais um tempo o modelo tradicional da Democracia Burguesa Liberal.
Em outras palavras, um retrocesso acompanhado por um outro retrocesso.
O desterro ideológico de classe do discurso político das "esquerdas" e o estímulo a criminalização de ideologias como o Anarquismo e a desestimação do Poder Popular autônomo organizado como uma legítima resposta da história da luta de classe. Demostra entre outras incapacidades, o grau de censura ideológica apontando ficar como referência máxima, dissimulando a crítica história a seus governos  eleitoreiros, conciliadores e se esforçando na redução e cooptação do possível da onda de abstenções dos últimos tempos, proveniente de potenciais miles e milhões situados a esquerda, que já não acreditam em discursos, nem promessas dos setores ao poder e demostram uma sutil simpatia com as propostas libertárias.  
 No entanto, para nós os de baixo, só nos resta nos organizar para resistir dentro das possibilidades e torcer para que a predições como as do sociólogo e analista político Heinz Dieterich Stteffn sejam revogadas de suas análises e derrotadas no plano da luta do Poder Popular.

http://www.iela.ufsc.br/noticia/china-va-al-ciber-comunismo-occidente-al-neofascismo-y-america-latina-al-carajo

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