Uma leitura da realidade.( parte -1 )



 A Ausência crítica de leitura, desde a ótica da dialética materialista, nas causas e consequências, pelas maiorias sociais "civilizadas", referente a fatos relacionados na ordem do bem comum comunitário, incluindo todos seus espetros socioeducativos, políticos, culturais, econômicos e religiosos, o poderíamos considerar como efeitos de um" Vírus" eficaz. Implantado e desenvolvido no processo da  humanidade, patrocinado pelos agentes vetores dos poderes de dominação atuantes.

 A figura do poder como valor supremo, paradigmático e seus interesses, a distanciam notavelmente da consciência de espécie e do ecossistema, trazendo como resultado a formatação de estratos socio econômicos, Oprimidos e Opressores abrindo espaços intermediários, que funcionam como amortecedores, reprodutores dos valores e práticas da imposta sistêmica.

Estes amortecedores, além de pugnar por se declarar "classe média" nos tempos capitalistas, baseados nos seus status econômicos solventes, que os permitem se desenvolver, com mais meios de ascenso a zona de privilégios,  são os mais esforçados na força de choque, lado a lado com a Burguesia. Puxando a rodinha do Capitalismo, na injusta transação gananciosa entre a força de trabalho, da exploração assalariada via lucro do sistema(Mais -Valia).
 Neste recorte da pirâmide, mais próximo a base de sustentabilidade, já dá para imaginar os andares superiores e suas complexidades.

Mas quais são os componentes desta base de sustentabilidade ?

Xs trabalhadorxs ativxs e despregadxs, campo cidade, estudantes, aposentados, grupos étnicos, amas de casa, crianças, adolescentes etc.
Nestas denominações recai tudo o peso direto ou indireto das circunstâncias conflitivas dos andares superiores, que os submetem não só pela sua própria necessidade de vender sua força de trabalho e seus conhecimentos para sobreviver, senão também por ter que se adaptar em segunda instância, a comprar o que ele mesmo produz fechando o círculo perfeito de exploração escravista.
Esta metodologia de chantagem criminosa toma ultra relevância nos momentos presentes, em que a Pandemia  Covid19 aparece, sem ser convidada, se colocando como detonadora no fracasso do Neoliberalismo.

Então qual seria o quadro atual da situação ?

As elites da financeirização imunes a estes eventos só contabilizam os futuros lucros no endividamento dos países em crise.
As grandes indústrias obtendo benefícios por parte dos governos nas áreas impositivas e trabalhistas, ameaçando com demissões.
E as camadas dos amortecedores de pequeno e médio porte, comércios, principalmente, sem a última face da exploração, o consumismo, pressionando os governos para liberar seus balcões sem constrangimento ao que puder acontecer com a massa popular consumidora.

Quais são as respostas dos estados diante esta equação a resolver ? 

 A resposta é: Já está resolvido.

Investiremos com recursos públicos na compra títulos de dívidas irrecuperáveis da banca financeira nacional e internacional, com o fim de mater o crédito ativo do estado e daremos aos mais comprometidos economicamente o valor menor a  3 cestas básicas parcelado em 3 meses.
Brindaremos financiamentos para os setores industriais a baixos juros com pagamento a longo prazo.
Liberaremos com restrições as atividades comerciais de pequeno e médio porte.
E compraremos máscaras, álcool gel e alguns respiradores para quem chegar primeiro a fila em estado de UTI dos hospitais.  


Aí é onde fica exposta a base de sustentabilidade da pirâmide que está sendo atacada a 3 fogos: 1) pela necessidade de sua subsistência; 2) Pela militarização dos estados e o desemprego; 3) pela contaminação pandêmica.


Este cenário controlado pelas mídias globais desformativas e tendenciosas,
estaria sendo extrapolado pelo tamanho da tragédia e a denúncia ativa das comunicações alternativas com participação global das sociedades, nas redes sociais, apontando-se sinais emergentes provenientes de diferentes pontos do planeta, conectados via Covid19. As quais expõem suas realidades regionais Urgentes, como um começo de consciência solidária ao menos virtual diante uma mesma realidade de desconhecidos contextos.

 Quizas o subdesenvolvimento tecnológico do Neocapitalismo nos territórios Latino-americanos, possa ser desde a perspectiva Ecomunitarista uma oportunidade de demonstrar ao mundo um outro caminho, socioeconômico e eco ambiental.
Sempre considerando que estaríamos numa primeira fase da exploração tecnológica do selvagismo predatório, o que nos daria uma grande possibilidade de transformação no bom trato dos recursos naturais e na sua recuperação e adequação de seus ciclos vitais em harmonia com a sociedade humana.






 



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